quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lágrimas


Não chores.
Disseram-me.
Não fiques assim
Tão triste
Cabisbaixo.
Há de dar tudo certo.
Sorria.
Sorrir? Pensei.
Por quê?
Se na dor venço
Meus monstros
Obscuros,
Ocultos na imensidão
Do que sou?
Se são as lágrimas e
Não os risos
A expressão de minha
Fortaleza?
Por certo choro.
Esperneio.
Não por medo.
Grito alto dentro de mim
Num som surdo nunca
Ouvido
Num silencio provocante,
Instigador de deleites
Raros,
Falsos,
Escassos
Que confundem
Os que de fora olham
Com penosos olhos
A achar que sofro.
Mas não sofro,
E sim choro.
E não choro por que
Triste,
Cansado ou
Ferido estou
Mas por que
Num mundo de
Muitas caras
Fui genuíno
Ao revelar de
Forma simplista
A linguagem de uma
Alma bela e pura
Escondida por trás
De muitos risos.


Juliana Duarte, 20 de Novembro de 2008

Um comentário:

Ana Valeska Maia disse...

Olha que eu achei!!!!!
Que 2009 não nos tribute lágrimas Ju!
Passa pelo meu blog linda!
Bjs e saudades.